Segundo dizem, a fórmula da Coca-Cola nunca foi patenteada, porque isso implicaria em revelar um dos maiores segredos de todos os tempos. O segredo é o Ingrediente X. Chamado nos EUA de Merchandize 7X.
Ela compra café, canela, raízes diversas, folhas de tudo que é planta que você puder imaginar, de onde podem ser extraídos os mais bizarros óleos, e mais um monte gigantesco de produtos do mundo todo. O lance é que nem metade dessas coisas que a Coca-Cola compra vão parar no refrigerante. A ampla maioria desses produtos ela compra para… destruir!
Isso mesmo, amiguinho. A Coca-Cola faz isso desde sempre, porque se não fizesse, seria fácil levantar o ingrediente secreto baseado nas atividades de compra da companhia. Além do mais a ampla maioria dos produtos que ela adquire em quantidades exorbitantes, estão sob pesados contratos de sigilo, um monte de coisa que deixaria qualquer um paranóico. Nem os Ets de Roswell são tão bem guardados quanto a fórmula do refrigerante mais famoso do mundo.
Por não ser patenteado, o precioso líquido poderia facilmente ser copiado, colocando uma empresa que faturou nada menos que 17 bilhões no ano de 2009 num grande risco financeiro.
Em 2007, por pressão do Deputado federal Renato Cozzolino (PDT-RJ), A coca-COla passou um aperto. Cozzolino estava de posse de um laudo, de 22 de setembro de 2005 do Instituto Nacional de Criminalística (INC) do Departamento da Polícia Federal, que afirmava que a companhia ainda usa folhas de coca como matéria-prima na fabricação do extrato vegetal – também chamado de mercadoria nº 05. Cozzolino convocou a Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara dos Deputados, que lavrou um requerimento que solicitava a análise química do extrato vegetal do refrigerante. Coca-Cola se viu confrontada quando se exigiu dela uma descrição da formula para que ficasse comprovado que não havia nada viciante. fonte Na época, em comunicado oficial à imprensa, a Coca-Cola do Brasil comemorou o fato de que o laudo do INC atesta “que não há nenhuma substância ilegal na fórmula do produto”. Ela afirmou ainda que este resultado era esperado e, nas palavras do diretor de Comunicação, Marco Simões, que seu produto “já foi exaustivamente testado onde mais interessa: no mercado, por bilhões e bilhões de consumidores, ao longo de 120 anos”. Marco Simões só esqueceu de mencionar, o detalhe de que a legislação brasileira não proíbe apenas a utilização de alcalóides entorpecentes, mas de qualquer derivado da folha de coca. A empresa em sua defesa omitiu também a presença no extrato vegetal das substâncias não-identificadas pelo laudo.
O laudo era claro ao citar que o extrato vegetal usado pela Coca-Cola e importado da empresa estadunidense Stepan Chemical Company era derivado da folha de coca. O laudo atestava: “… as folhas de coca provenientes do vegetal cientificamente denominadoErytroxylum novagranatense, variedade truxillensi, cultivada no Peru, são utilizadas como matéria-prima na fabricação do extrato vegetal a partir do qual é fabricado o refrigerante coca-cola.” fonte
A Coca-Cola contratou um dos mais influentes lobbistas do país, e ameaçou se retirar do Brasil, caso o governo insistisse em obrigar a empresa a revelar seus componentes químicos. Isso foi divulgado amplamente quando o Dono do guaraná Doly resolveu jogar a merda no ventilador após ser ameaçado pela Coca-Cola. O sujeito então gravou o executivo da Coca-Cola contando como “eliminava” os concorrentes. Laerte Codonho acionou a Coca-Cola junto ao CADE alegando concorrência desleal. fonte Ao mesmo tempo, Laerte Codonho alegava em programas de entrevistas que a Coca-Cola estaria pressionando os meios de comunicação, para caso dessem atenção ao rolo, ela (um ótimo anunciante) iria retirar a publicidade dessas mídias (provavelmente, isso explica porque a Coca-Cola não anuncia na Rede Tv) De forma estranhamente incomum, o caso sumiu do noticiário tão rápido quanto apareceu. E tudo voltou à aparente normalidade até agora, quando há poucos dias atrás, o canal de rádio de Chicago alegou ter descoberto a parte mais secreta da fórmula.
Os componentes químicos usados e a forma de fabricação que compõe a Coca-Cola foram criados por John Pemberton, um farmacêutico americano, em 1886. O ingrediente 7X tem permanecido em segredo desde sua invenção em 1886. A descrição do ingrediente é mantida num cofre bancário no Trust Co. Bank em Atlanta, Geórgia. Somente duas pessoas na empresa conhecem a fórmula, a qualquer tempo. E elas são impedidas contratualmente de viajar no mesmo avião.
Segundo o site Thismaericanlife.org, um programa semanal da Chicago Public Rádio, eles teriam descoberto a formula secreta examinando uma antiga fotografia de um dos livros de receita do criador do refrigerante. No livro que aparece na imagem, estaria descrita a fórmula e os respectivos percentuais de cada ingrediente.
A foto, publicada originalmente em 18 de fevereiro de 1979 numa edição do The Atlanta Journal-Constitution, supostamente mostrava a receita original da Coca-Cola. Segundo o Thisamericanlife.org apurou, a fórmula global, que já se conhece há alguns anos, está na coluna do lado direito. O que ninguém havia notado até então, é que a fórmula do famoso ingrediente 7X estaria ali também, logo abaixo da linha horizontal, perto de outros ingredientes acima.
A imagem mostra uma lista de ingredientes escrita à mão em 1886 por um amigo do criador da bebida, John Pemberton, num livro de farmácia que passou de geração em geração e que pertence agora a uma mulher que vive na cidade de Griffin, no Estado norte-americano da Geórgia.
A foto explica também como misturar o componente 7x, o sabor secreto, que representa apenas 1% da bebida mas é justamente o fator que lhe dá o sabor.
A Coca Cola, que mantém a receita original numa sala de alta segurança, onde só duas pessoas conhecem os código para entrar, ainda não confirmou a autenticidade da composição que o Thisamericanlife divulgou.
Para fazer Coca Cola, segundo a receita, para além do 7x, há que misturar 230 mililitros de álcool, 2º gotas de óleo de laranja, 30 gotas de óleo de limão, 10 gotas de óleo de nós moscada, cinco de extracto de coentros, dez gotas de óleo de neroli (as flores de laranja amarga) e o mesmo de óleo de canela.
A receita original incluía também três copos de extracto de fluido de coca, mas a empresa retirou o ingrediente no início do século XX, depois de uma série de críticas.
Para além da retirada do extracto de coca, não dá pra saber se a Coca-Cola fez grandes alterações na fórmula original de Pemberton.
Então, o Thisamericanlife.org reuniu um grupo de peritos e de amantes da bebida, para beber o resultado da receita num teste cego de degustação. De acordo com o site, a maioria dos peritos convocados para o painel não encontrou diferenças entre a bebida feita seguindo a receita antiga de Pemberton e a Coca Cola à venda no mercado hoje em dia.
Obviamente que uma notícia deste naipe cai como uma bomba nuclear no colo dos acionistas da Coca-Cola.
Obviamente que a Coca-Cola fez o que toda empresa no lugar dela faria. Negou totalmente as afirmações do Thisamericanlife.
“Muitos terceiros, inclusive o ‘This American Life’, já tentaram violar nossa fórmula secreta. Podem tentar à vontade, eles não tiveram sucesso porque só existe uma que é ‘a real’”, disse Kerry Tressler, assessora de imprensa da marca.
É verdade que ao longo das décadas uma série de receitas do famoso refrigerante surgiram. O que ainda não havia aparecido é a formulação do famoso componente 7X. Pessoalmente eu vejo com reservas as afirmações da empresa por meio de sua assessoria de imprensa. Isso porque é a única coisa que a Coca-Cola poderá fazer, dado que por não haver patente, a receita é livre para quem quiser tentar fazer. Além do mais, se apenas dois funcionários da casa sabem a verdade, como a assessora de imprensa poderia estar tão certa de que a receita não é esta?
Logo, estamos naquela estaca zero entre o “pode ser” e o “será?”
Eu me lembro que num evento restrito que reuniu em Angra dos Reis todos os donos das fabricas do refri no país, em uma conversa animada com um alto executivo (alto mesmo, da diretoria) da Recofarma (o nome verdadeiro da Coca-Cola no Brasil) ele contou uma coisa escabrosa.
A coca cola já foi pirateada. Adivinha onde? No Brasil!
A história é longa e envolveu um dono de uma das fabricas, que era um malandrão. O cara tinha acesso aos componentes das engarrafadoras. Alguns dos componentes vem dos EUA, direto da central de Atlanta. Então o que este maluco fez? Ele contratou um químico e começou a fazer coca-cola pirata.
Isso mesmo que você leu. Um engarrafador oficial da Coca fazia uma versão pirata tão perfeita que levou anos para que fosse descoberto. Ele usava caminhões oficiais, funcionários oficiais, tudo bonitinho. Só que a fabricação que devia ser de digamos, 5 X ele fazia 80X. Pagava pra coca os 5X e o resto embolsava. O segredo do sucesso deste cara é que ele estava dentro do sistema, e por isso era meio que invisível. O químico que o dono da fabrica arrumou, conseguia fazer render a formula, de um jeito espetacular. Segundo o diretor contou, a Coca-Cola descobriu o golpe do malandro dono da fabrica, houve uma sindicância interna, processram e expulsaram o sujeito do negócio. Peritos de Atlanta vieram ao Brasil e se espantaram ao descobrir que a Coca-Cola pirata do cara era a melhor falsificação do refrigerante já feito na história. O diretor contou isso numa mesa entre um drinque e outro, para demonstrar como o Brasileiro “dá nó em fumaça”.
Eu acreditei naquela história. Como não acreditar num brasileiro dando pernada numa empresa gringa? Até porque neguinho de fabrica de tinta faz isso, e até mesmo o leite tem truques para “fazer render”.
Mas pessoalmente, vejo com desconfiança essas alegações de que pessoas descobriram a formula da Coca-Cola e com isso a empresa vai quebrar. O verdadeiro segredo da Coca-Cola não está na bebida, mas sim na logística, que é uma das melhores do mundo. Pense numa garrafa de Coca-Cola e ela está sempre ao alcance da sua mão. A coisa da logística da Coca-Cola é tão impressionante a ponto de a concorrente, a Pepsi ter que inventar uma propaganda baseado no slogan “Só tem Pepsi. Pode ser?”
Obviamente, quem conhece a distribuição limitada da Pepsi-Cola no Brasil, sabe que isso é uma clara piada interna, já que quase nunca tem Pepsi nos estabelecimentos. E a Coca domina 90% ou mais dos pontos de venda.
